quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Riqueza, Fama ou Glória?


Deus, "Marina, tu queres riqueza, fama ou glória?".
Marina Silva, "Será que podem ser os 3 juntos?".
Deus, "O pato nada, anda e voa. Mas não faz nenhum dos 3 bem".
Marina Silva, "Glória Senhor!"

E Marina partiu para a glória. Mas Glória é para poucos, e Marina ficou à deriva no mercado de votos. Ela sabe bem que neste mercado tem capital político cativo, mas onde investir sua Riqueza?

Sua riqueza, dantes vinda de sua coerência política, hoje vem da fama de "nova política". Mesma fonte donde bebe Eduardo Campos. Mas como a Fama é coisa para os donos da mídia, e Marina ficou à deriva no mundo das celebridades.

Para manter seu capital político e sua imagem na mídia, Marina sacrificou, uma vez mais, sua coerência e, de quebra, sua glória. Pulou de partido em partido, mostrando ao Brasil que alguns dos maiores se sujeitam a ser barriga de aluguel. Um vale tudo em busca de um projeto político pessoal que, mesmo travestido de coletivo, não passa de um projeto pessoal em busca da glória.

Marina ensina, para quem sabe ler, que é uma política tradicional que usa o "novo" como discurso, como meio de alcançar o poder. E Campos aceitou unir o seu capital político ao de Marina em um empreendimento eleitoral de risco para ambos, mas que, devido ao atual cenário catastrófico para a ideologia conservadora, tem espaço no seio da oposição.

Terão problemas para encaixar o discurso, pois em uma disputa política a pior propaganda é a do meio termo, que quer aproveitar a herança da situação e colher os frutos da indignação. Entre a cópia e o original, a esquerda ficará com o original. Entre o calmo e o raivoso, a direita ficará com o raivoso.

Nadarão nas águas turbulentas do senso comum, em busca de um discurso classe média sonegadora de impostos que não aceita ser governada por ladrões incompetentes. Somado a um bom recheio do voto em nome de Jesus, e já se terá uma boa refeição. Mas insossa, morna, e nauseante.

Campos e Marina lutarão pelos votos direitistas com o Aécio, e ao final do 1º turno quem ganhar disputará com Dilma. E para disputar com a Dilma, o adversário terá de abraçar o discurso conservador e se comprometer até os rins com tudo aquilo que prometeu combater.

Irônico?

E onde estarão os que foram para a rua: entre os indignados úteis, entre os ingênuos, dispersos no espectro político, ou estarão entre os que anularão seus votos, deixando para outros a escolha do futuro do país?

A falta de discurso já é um sinal...


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