sábado, 22 de fevereiro de 2014

No Brasil as Elites são Predatórias



No Brasil as elites são predatórias. Não se importam com o país, com o bem estar da população, com a própria terra em que vivem.

Se pudessem morar todos em Miami ou Suíça, morariam. A nossa elite não gosta do nosso povo, não gosta do nosso país, está ideologicamente comprometida com os EUA e com a Europa. São meros admiradores dos países "ditos" evoluídos.

Um país que preserva e dissemina estes valores não pode dar certo, não pode sair da lama.

O estilo de vida Americano e Europeu não é viãvel, pois demanda uma utilização de energia que ultrapassa a capacidade de produção energética da Terra. Ou seja, se houvesse igualdade de condições, o mundo não seria possível, pois teríamos ter 6x mais recursos do que temos hoje.

Mas mesmo assim as pessoas sonham em terem níveis de vida tal qual os europeus ou os americanos. Este é o maior passo para a extinção que pode ser dado. E todos nós estamos dando este passo.

A ecologia dos desejos (o que nós desejamos para nossa vida), é muito mais importante do que a ecologia social, ou a ecologia ambiental. De nada adiantará alguma justiça social sem matas e mares. E estes não serão possíveis se continuarmos a desejarmos para nossas vidas os paradigmas europeus ou americanos de vivência. Precisamos mudar os padrões comportamentais para que o mundo se torne viável.

Este modelo de sociedade está falido, e só pode levar à falência da nossa sociedade. Não enxerga e não quer. Você é cego? Nós somos cegos?

Kiev, Caracas, Rio de Janeiro.



A extrema esquerda serve à direita sem saber, ou sabendo. Geralmente sem saber. Mas serve.

Aprendi isso quando era da extrema esquerda e, exatamente por isso, deixei de ser.

As manifestações na Ucrânia, Venezuela e Brasil, entre outras, estão todas alinhadas com os interesses Americanos (já me sinto perseguido pela NSA por ter afirmado isso) apesar de travestidas de interesses nacionais. Quem está com dificuldades de entender esta afirmação, por favor, leia este livro: Confissões de um Assassino Econômico (http://pt.wikipedia.org/wiki/Confiss%C3%B5es_de_um_Assassino_Econ%C3%B4mico).

Diversos companheiros se sentem envergonhados de se posicionarem criticamente contra as manifestações atuais. São tomados pelo medo e pelo mãntra: "Se existe manifestação, sou a favor".

Ora, qualquer um tem direito a se manifestar, é claro. Se existe manifestação de massas é necessário escutar, dialogar, interpretar. Isso é óbvio. Que o governo do PT errou em (tentar ou conseguir) cooptar os movimentos sociais, também é óbvio. Que o governo Dilma errou em recriminar repasses financeiros à sociedade civil (ONGs), também é óbvio.

A única coisa que me intriga de fato: nada se fala contra a sonegação! Não pode ser classificada como politizada uma manifestação que não marcha contra a sonegação, que é, disparado, o maior desvio de recursos públicos do Brasil: R$ 450 bilhões, contra R$ 80 bilhões da corrupção.

E não pode ser coincidência que todas as agitações políticas acabam beneficiando os interesses dos EUA. E o pior, depois de tudo, do wikileaks, Snoden, ainda existem ingênuos, ou mal intencionados, usando o discurso da "teoria da conspiração". Acorda meu caro manifestante, você está trabalhando para a CIA neste exato momento. E eu não estou com medo.

Quem de fato se preocupa com a justiça social não tem medo de denunciar o uso das massas por interesses retrógrados. Mesmo que amigos e companheiros estejam recriminando tal posição, querendo "fazer moral" com os movimentos. Sem corajem suficiente para se posicionarem, a maioria opta pelo: "se existe contestação, sou a favor". Eu continuo sendo comprometido somente com minha consciência,  e não com a moralzinha que eu posso vir a disfutrar no "movimento". Que se ardam os "famosinhos" de esquerda. Não estou vendo debate polítizado, só o uso das câmeras de TV, só o império da Mídia, só a Sociedade do Espetáculo.

Se não existe uma faixa contra empresários e contra a sonegação, porque eu não posso dizer que estas manifestações são todas despolitizadas? Todos tem direiro a manifestar qualquer coisa, menos eu a minha opinião? Enquanto estas manisfestações não forem majoritariamente contra a sonegação, contra o lucro, contra o capital, contra o empresariado, eu as considerarei despolitizadas. Estou no meu direito de entender a política como eu acho que devo entender. Me desculpem, mas eu me nego a aseguir as massas.

Uau, que polêmica... desculpe-me por ser um polêmico...

domingo, 2 de fevereiro de 2014

Manifestações: contra tudo aquilo que não está aí...


Sócrates ensinava que podemos definir o que é através do que não é.

Pensando sobre as manifestações de rua de 2013. Havia alguns denominadores comuns entre elas, e a grita contra a corrupção era um deles.

Alguns podem crer que foi a maior pauta das manifestações. Vamos considerar: se esta é uma pauta que mobiliza de fato a população atualmente, por qual motivo não houve uma invasão nas ruas de São Paulo quando estourou o escândalo de corrupção no Metrô?

Logo, apesar de ter sido uma pauta constante, considerando o universo de São Paulo e a ausência de grandes manifestações contra o escândalo do Metrô, começamos a definir que as grandes manifestações não foram contra a corrupção, apesar desta ser uma das principais pautas.

E as manifestações, se foram contra a corrupção, não guardavam coerência racional com uma real demanda por economia de recursos públicos, uma vez que a corrupção é responsável pelo desvio de R$ 80 bilhões contra R$ 400 bilhões desviados pela sonegação. Não havia numerosos cartazes, nem gritos de guerra, contra os empresários ou contra a sonegação.

Protestar é válido, sempre, mas a grita contra a corrupção sem grita contra a sonegação, não pode ser uma pauta politizada, apesar de legítima. Certo?

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