domingo, 2 de fevereiro de 2014

Manifestações: contra tudo aquilo que não está aí...


Sócrates ensinava que podemos definir o que é através do que não é.

Pensando sobre as manifestações de rua de 2013. Havia alguns denominadores comuns entre elas, e a grita contra a corrupção era um deles.

Alguns podem crer que foi a maior pauta das manifestações. Vamos considerar: se esta é uma pauta que mobiliza de fato a população atualmente, por qual motivo não houve uma invasão nas ruas de São Paulo quando estourou o escândalo de corrupção no Metrô?

Logo, apesar de ter sido uma pauta constante, considerando o universo de São Paulo e a ausência de grandes manifestações contra o escândalo do Metrô, começamos a definir que as grandes manifestações não foram contra a corrupção, apesar desta ser uma das principais pautas.

E as manifestações, se foram contra a corrupção, não guardavam coerência racional com uma real demanda por economia de recursos públicos, uma vez que a corrupção é responsável pelo desvio de R$ 80 bilhões contra R$ 400 bilhões desviados pela sonegação. Não havia numerosos cartazes, nem gritos de guerra, contra os empresários ou contra a sonegação.

Protestar é válido, sempre, mas a grita contra a corrupção sem grita contra a sonegação, não pode ser uma pauta politizada, apesar de legítima. Certo?

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