sábado, 22 de fevereiro de 2014

Kiev, Caracas, Rio de Janeiro.



A extrema esquerda serve à direita sem saber, ou sabendo. Geralmente sem saber. Mas serve.

Aprendi isso quando era da extrema esquerda e, exatamente por isso, deixei de ser.

As manifestações na Ucrânia, Venezuela e Brasil, entre outras, estão todas alinhadas com os interesses Americanos (já me sinto perseguido pela NSA por ter afirmado isso) apesar de travestidas de interesses nacionais. Quem está com dificuldades de entender esta afirmação, por favor, leia este livro: Confissões de um Assassino Econômico (http://pt.wikipedia.org/wiki/Confiss%C3%B5es_de_um_Assassino_Econ%C3%B4mico).

Diversos companheiros se sentem envergonhados de se posicionarem criticamente contra as manifestações atuais. São tomados pelo medo e pelo mãntra: "Se existe manifestação, sou a favor".

Ora, qualquer um tem direito a se manifestar, é claro. Se existe manifestação de massas é necessário escutar, dialogar, interpretar. Isso é óbvio. Que o governo do PT errou em (tentar ou conseguir) cooptar os movimentos sociais, também é óbvio. Que o governo Dilma errou em recriminar repasses financeiros à sociedade civil (ONGs), também é óbvio.

A única coisa que me intriga de fato: nada se fala contra a sonegação! Não pode ser classificada como politizada uma manifestação que não marcha contra a sonegação, que é, disparado, o maior desvio de recursos públicos do Brasil: R$ 450 bilhões, contra R$ 80 bilhões da corrupção.

E não pode ser coincidência que todas as agitações políticas acabam beneficiando os interesses dos EUA. E o pior, depois de tudo, do wikileaks, Snoden, ainda existem ingênuos, ou mal intencionados, usando o discurso da "teoria da conspiração". Acorda meu caro manifestante, você está trabalhando para a CIA neste exato momento. E eu não estou com medo.

Quem de fato se preocupa com a justiça social não tem medo de denunciar o uso das massas por interesses retrógrados. Mesmo que amigos e companheiros estejam recriminando tal posição, querendo "fazer moral" com os movimentos. Sem corajem suficiente para se posicionarem, a maioria opta pelo: "se existe contestação, sou a favor". Eu continuo sendo comprometido somente com minha consciência,  e não com a moralzinha que eu posso vir a disfutrar no "movimento". Que se ardam os "famosinhos" de esquerda. Não estou vendo debate polítizado, só o uso das câmeras de TV, só o império da Mídia, só a Sociedade do Espetáculo.

Se não existe uma faixa contra empresários e contra a sonegação, porque eu não posso dizer que estas manifestações são todas despolitizadas? Todos tem direiro a manifestar qualquer coisa, menos eu a minha opinião? Enquanto estas manisfestações não forem majoritariamente contra a sonegação, contra o lucro, contra o capital, contra o empresariado, eu as considerarei despolitizadas. Estou no meu direito de entender a política como eu acho que devo entender. Me desculpem, mas eu me nego a aseguir as massas.

Uau, que polêmica... desculpe-me por ser um polêmico...

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