quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Eleições no Brasil e a Comunidade de Inteligência dos EUA - Nikandrov Nil

Tradução livre, baseada no google, do artigo de Nikandrov Nil publicado originalmente no site http://www.strategic-culture.org

De fato não conheço a fonte, mas pelo que pesquisei é um portal de congrega comentaristas internacionais de assuntos de inteligência e contra-inteligência, antigamente conhecido como espionagem e contra-espionagem.

Revela sérias possibilidades de relações entre a CIA e a candidatura José Serra, com sua posição submissa ao império. Isso diz muito sobre os métodos utilizados nesta campanha, que são extremamente semelhantes aos  utilizados pela CIA no Irã e no Panamá. E a possibilidade coteja com esta matéria publicada no Escrivinhador.

O preconceito do brasileiro está sendo utilizado contra o próprio povo, para sufocar nossa possibilidade de soberania, autonomia e liberdade. O Brasileiro Coletivo deve acordar, antes que seja tarde.

Eleições no Brasil e a  Comunidade de Inteligência dos EUA

TOP STORY | NIKANDROV Nil | 2010/07/10 | 20:14

Pareceu-me suspeito que recentemente Washington tenda a denegrir sem restrições as democracias "imaturas" da América Latina e Caribe, e feito sérios esforços para demonstrar respeito pelo Brasil. A administração G. Bush enquadrada como "imaturos" os estados latino-americanos com regimes populistas e, em geral, todos os países que mostram um acto de desafio ao defender seus interesses nacionais, sob a pressão dos EUA. O Brasil nunca renunciou ao seu direito à soberania e à posição de independência na política internacional ao longo dos oito anos da presidência de Luiz Inácio Lula da Silva, e era amplamente esperado que a administração G. Bush acabaria por perder a paciência e tentar domar o Líder brasileiro. Nada disso aconteceu, embora evidentemente porque os EUA se sentiu sobrecarregado demais com problemas com a Venezuela para ficar atrelado a um conflito adicional na América Latina.

Falando aos diplomatas e agentes de inteligência na Embaixada dos EUA no Brasil em março de 2010, A Secretária de Estado dos EUA, H. Clinton, enfatizou: "na administração Obama, estamos tentando aprofundar e alargar as nossas relações com um certo número de países estratégicos e o Brasil está no topo da lista. Este é um país que realmente importa. E é um país que está tentando seriamente cumprir a promessa ao seu povo de um futuro melhor. E assim, juntos, os Estados Unidos eo Brasil devem que liderar o caminho para os povos deste hemisfério."

Vale ressaltar que H. Clinton credita ao Brasil nada menos do que o direito de mostrar o caminho para outras nações, embora de mãos dadas com Washington. Para esta última, a forma é a de suprimir as iniciativas socialistas em todo o continente, de se abster de juntar projetos de integração regional a menos que sejam patrocinados por os EUA, a opor-se aos esforços populistas que visam a formação de um bloco latino-americanos de defesa, e impedir a escalada da expansão económica chinesa.

Os EUA nomeou o ex-chefe do Departamento de Estado de Assuntos do Hemisfério Ocidental, um passaporte diplomático pesado, um reputado falcão Thomas A. Shannon como novo embaixador para o Brasil às vésperas das eleições no país. Ele se esforçou para convencer o presidente do Brasil para alinhar o país com os EUA e adotar políticas internacionais menos independentes. Washington ofereceu vantagens Brasil como maior cooperação na produção de combustíveis renováveis, consentiram em que estabelecesse uma divisão da Boeing no país, e assinou uma série de acordos com as indústrias de defesa brasileira, incluindo a comissão de 200 aviões Tucano para a Força Aérea dos EUA.

O presidente Lula não foi pego. Ele teimosamente manteve a parceria com a H. Chavez e Morales J., mostrou-se em Havana e Teerã, condenou o golpe pró-EUA em Honduras, e até mesmo se comprometeu a desenvolver um sector da energia nuclear nacional. Ele propôs Dilma Rousseff - espera-se uma candidata que mantenha o curso da mesma forma independente - como sua sucessora. É alarmante para Washington, Dilma era próxima ao Partido Comunista e foi membro da Vanguarda Armada Revolucionária - nomeadamente, com o pseudônimo de Joana d'Arc- nos anos 70. Ela foi traída por um agente do governo, presas, torturada usando os métodos da CIA ensinou na Escola das Américas, e teve que passar três anos na cadeia. Por isso, mesmo décadas após, de Rousseff não se espera que seja realmente uma grande fã dos EUA.

A campanha de Dilma ganhou força gradualmente e as sondagens começaram a dar-lhe à frente do candidato de direita José Serra na corrida. Jornalistas amigáveis aos EUA e agentes da CIA sondaram a sua disponibilidade para forjar um acordo secreto com Washington e previsivelmente descobriu que o plano não teve chance com Rousseff, que firmemente prometeu fidelidade ao curso do presidente Lula. A CIA reagiu a tentativa de manchar Rousseff, e os meios de comunicação de imediato lançaram um mito sobre o seu extremismo. Encontraram informantes da polícia, que posaram como "testemunhas" de seu envolvimento em assaltos a banco, e que pretendia pegar o dinheiro para apoiar o terrorismo no Brasil. A mídia conservadora travou uma guerra de classificações e elogioso em coro pró-EUA, mostrando José Serra como o inconteste favorito e Dilma como uma rival puramente nominal. Tendo a situação, no entanto, se estabilizado, e Dilma Rousseff finalmente emergiu como o líder da campanha, graças a um apoio pessoal do Presidente Lula.

Rousseff perdeu 3 a 4% dos votos, não vencendo as eleições no primeiro turno. O resultado do segundo turno dependerá em grande parte os adeptos do Partido Verde, Marina da Silva Vaz de Lima, que foi a terceira nas eleições, com 19% dos votos. A batalha pelos partidários do Partido Verde está em andamento, e a sombria equipe Shannon, sem dúvida, fará o seu melhor para mediar uma aliança entre Serra e Marina Silva.

O gupo de Dilma visivelmente excedeu o seu triunfalismo inicial - o segundo turno é um jogo difícil, e seu candidato os adversários de está implicitamente apoiado pelo império poderoso e cheio de recursos que é conhecido por ter impulsionado rotineiramente candidatos esperança para a vitória. A mídia no Brasil - a holding Globo, a editora Abril, jornais influentes como a Folha de S. Paulo, e a revista Veja - está ocupada com a lavagem cerebral do eleitorado do país.

A equipe de Shannon está enfrentando a missão de ajudar "novas forças" menos propensas a desafiar Washington obterem um controle sobre o poder no Brasil. Deste ponto de vista, o jogador certo é do Partido Verde, onde os agentes da CIA durante muito tempo ganharam sérias posições, uma vez que os EUA são tradicionalmente interessados nos problemas ecológicos da bacia amazônica. No momento em que a CIA está cortejando os líderes e ativistas Verdes e, paralelamente exigem promessas de cargos para eles no governo proveniente da campanha de Serra. Washington deve estar fazendo um trabalho urgente, considerando que Lula da Silva, com o plano de decidir em 10 de outubro para seu lado, lançará o seu peso no segundo turno. Rousseff, por outro lado, também tem o potencial de atrair o Partido Verde partidários do Marina Silva, considerando que ela era participava do governo Lula até 2008.

A CIA emprega ex-policiais brasileiros demitidos de seus cargos por várias razões para fazer o trabalho de campo como vigilâncias, penetrações em apartamentos, roubos de dados de computador e chantagem. Na maioria dos casos, estes são indivíduos com tendências ultra-direitistas que consideram Serra o seu candidato. Ministérios no Brasil, comunidades de inteligência e complexos militar e industrial, estão fortemente infiltrados por agentes dos EUA. O corpo da embaixada dos EUA e do consulado no Brasil inclui cerca de 40 agentes de inteligência da CIA, DEA, FBI e do exército, e têm planos para abrir 10 novos consulados nas principais cidades do Brasil, como Manaus na Amazônia.

Embora o objetivo do Departamento de Estado dos EUA seja reduzir o tamanho da representação diplomática no mundo, em um esforço para cortar despesas, o Brasil continua sendo uma exceção à regra. O país tem um potencial para se estabelecer como uma força geopolítico contrária aos EUA no Hemisfério Ocidental dentro da próximos 15-20 anos e as administrações dos EUA - com republicanos e democratas - estão preocupados com a tarefa de impedi-la de assumir este papel.

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